quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Governo faz mudanças no seguro-desemprego para evitar fraudes

Está mais difícil conseguir o seguro-desemprego em todo o Brasil. O
governo determinou que para ter direito ao benefício, é preciso se
candidatar a trabalho em, pelo menos, três empresas. Os estados estão se
adaptando aos poucos às novas regras.

Em Campo Grande (MS), as pessoas fazem fila no Ministério do Trabalho
para quem vai dar entrada no seguro-desemprego. "Chega lá, eles dão
entrada no seguro e já arrumam para você outro serviço. Você pega a
primeira parcela e só, não recebe mais", diz um senhor. Em Belo
Horizonte, o nome do instalador de som Diego Abreu foi incluído no Banco
Nacional de Empregos e uma funcionária explica: "Se aparecer alguma vaga
dentro do seu perfil, vamos te encaminhar".

Identificada a vaga, funcionários do da Secretaria de Estado de Trabalho
e Emprego de Minas Gerais (Sine-MG) vão ligar para a pessoa e convocá-la
para entrevista. Pelas novas regras criadas pelo Ministério do Trabalho,
quem recusar a oferta de recolocação três vezes sem justificativa pode
ter o seguro-desemprego suspenso.

Algumas das justificativas aceitas são cursos de qualificação
profissional, aposentadoria, problema de saúde e endereço de difícil
acesso, mas é preciso apresentar provas. A estudante Vanessa da Luz
pegou um comprovante de que está estudando. "Como eu estou desempregada,
preciso de dinheiro para sobreviver e ainda para pagar esse curso", disse.

As mudanças são para diminuir fraudes. "O seguro-desemprego não é um
benefício para quem não quer trabalhar. Ele é um benefício para quem
está procurando emprego e não consegue recolocação no mercado de
trabalho", afirma Lígia Lara, superintendente da Secretaria de Estado de
Trabalho e Emprego de Minas Gerais.

A lei do seguro-desemprego prevê a perda do benefício para quem nega a
recolocação. Segundo o advogado Antônio Fabrício, o controle deve gerar
economia para os cofres públicos. "Que esse dinheiro seja encaminhado.
Que sejam feitos cursos de qualificação profissional para os
trabalhadores", defende.

Fonte: G1.globo.com
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Josué Rosa

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